
O estádio Presidente Vargas estava lotado, afinal, o primeiro campeão do mundo não passa por lá todos os dias. Quem esperava um show, viu, do lado oposto das entradas principais tinha um grupo um tanto irritante que dançava e cantava incansavelmente, alguns falaram que era frevo, eu prefiro acreditar que era algum ritual pra fazer o duelo ficar bom, infelizmente, não obtiveram sucesso.
O jogo foi difícil, em todos os sentidos (inclusive de assistir). Os jogadores do Ceará jogavam pra tirar o Vovô da forca, literalmente, e o Corinthians parecia não querer nada com nada. O time cearense se resumia no prodígio, Oswaldo, que deitava nas laterais, inclusive no Alessandro. Do lado corinthiano tinha Emerson, que partia pra cima sem medo, arriscava e tentava algumas jogadas, chegava a ter chances de tabelar mas não tinha com quem fazê-la, o jeito era chamar a falta e tentar no jogo aéreo, ganharam várias de cabeça. Danilo, Paulo André, Castán e Fábio Santos tiveram oportunidades de marcar mas esqueceram as "regras" de um bom cabeceio.
O jogo estava cadenciado, era bem estudado e a marcação era "perdigueira", como dizem na várzea, nenhum dos dois tinham o direito de tropeçar e as cobranças eram grandes. Ninguém arriscava, as substituições eram ponderadas e medrosas, ambos os técnicos deixaram transparecer o medo de ir pra cima e sofrer com o contra-ataque. Oswaldo continuava infernizando a defesa do Timão e obrigava o goleiro Júlio César a operar "milagres", boa atuação do camisa 1 corinthiano, nada que fuja da sua obrigação como arqueiro do maior clube do Brasil.
O que era ruim ficou pior : MORAIS entrou no lugar do guerreiro Liedson, que lutava em campo contra os zagueiros, o cansaço e a contusão. Substituição cretina, e tome gritos de "burro" pro técnico, até então, vice-líder por conta da vitória parcial do Vasco, que mais tarde sofreria o empate. Liderança retomada, mais uma vez por demérito do segundo colocado. Minutos depois, o Sr. Adenor faz mais uma substituição contestada, porém, certa. Ramírez entra no lugar do morto, Danilo, e abre o placar faltando dez minutos para o término do jogo. Além do Santo Guerreiro, mais algum santo pessoal do técnico corinthiano intercedia por ele e pelo Corinthians em Fortaleza.
Fabrício, zagueiro do Ceará, foi expulso justamente e sem qualquer ironia deixou o campo convicto de que o título iria para o Parque São Jorge.
A partir daí, o Corinthians administrou bem o jogo e só teve algumas emoções - como de praxe -, nada que um bom chutão não resolvesse e que um legítimo coração alvinegro não aguentasse.
Assim quando o árbitro Elmo Alves Resende Cunha (que apitou muito bem), determinou o fim do jogo, os jogadores corinthianos desabaram no tapete desgastado do Presidente Vargas, e ouviram o grito de "é campeão". Vitória apertada, difícil, de líder, de CAMPEÃO DOS CAMPEÕES !
VAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAI CORINTHIANS !!!!
Ouça o gol do Corinthians. Cachítulo Ramírez
Narração de José Silvério. Rádio Bandeirantes
créditos da imagem : globoesporte.com
- Beela matéria, com aquela pitada de Corinthianísmo. Mais líder do que nunca e muito perto do penta, vai CORINTHIANS!
ResponderExcluir